Os amores nascidos ante o mar
morrem na praia.
Na praia não, porque em Minas não
há praia.
Morrem desolados em montanhas,
estradas de terra, à beira de
algum lago barrento.
Porque os amores nascidos no mar
foram movidos por ele
são incapazes de nadar.
E quando se afastam do mar,
nas terras firmes de Minas,
eles se perdem,
Porque os amores precisam do
movimento do mar.
Mas quando voltar ao mar, direi a
ele: “não quero amores vindo de ti, ó mar”
E o mar certamente perguntará o
porquê.
E então direi: “Tu não os afogas
em ti,
mas os lanças não só às praias, mas para terras distantes,
e os abandonas
e eles se perdem”.
Diante disso, sem resposta e sem me perguntar
“Quem és tu?”
o mar recuará.
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