domingo, 26 de março de 2017

Quando chove na minha rua

E então, no acontecer das coisas, um tapa. Daqueles que nem dói, simplesmente paralisa. E agora?  Será que ele vai partir, nunca mais falar comigo...? será isso, será aquilo. Mas não demorou muito e o tapa passou, a voz gostosa começou a recordar a madrugada passada, o encontro cheio de carinho. Agora que você veio morar na minha rua, do meu lado, pode me visitar sempre. Entre, esse é meu quarto: um pouco assim, cheio de palavras.... Hoje te deixo passar a noite, não se preocupe, a gente fica em silêncio. Essa é minha cama, esse meu colo, aqui meu sorriso... pode deitar, prometo que não te sufoco de madrugada, apenas vou ficar ouvindo seu dormir, recontando as batidas do coração. Mas se chover posso te acordar? Não é medo da chuva, não é susto que troveja. É que quando chove meu coração pula mais que bate, e não sei suportar sozinha. Vem, pode deitar, mas se chover eu te acordo. 

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