acordar amado.
Ainda que de modo um pouco controverso,
onde os opostos brincam de esconde-esconde dentro de casa
E, à beira da intempestividade jurídica do amor,
que a todo tempo quer ditar os seus “Cumpra-se”
um jeito clínico de olhar o mundo,
e sua medicina do afeto,
é capaz de curar almas insensíveis,
trazendo-as de volta ao mundo dos vivos
Ao mundo dos vivos que fazem hambúrgueres,
não se esquivam da nudez,
e a cada esquina da casa sabem surpreender-se com um beijo
diferente,
beijos que atravessam
a madrugada.
E apesar de seus “cumpra-se”,
o direito de repente percebe a pureza de mãos que curam,
ainda que tão mexidas
de terra
E, ao se deixar tocar por elas,
salva-se da doutrina que cega e das regras que o impedem de
amar
Porque o gostoso na vida mesmo
é estar em mãos que
não se escondem da terra,
cabelos que não se prendem ao vento
ouvidos que são todos atentos ao coração que também ordena:
Cumpra-se.
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